terça-feira, 5 de janeiro de 2010

CÓDIGO DE PONTUAÇÃO DA GINÁSTICA ARTÍSTICA

Como foi anteriormente descrito, a Ginástica Artística é uma modalidade complexa que exige um quadro abrangente de movimentos elegantes, dinâmicos/estáticos dotados de força, agilidade, coordenação, equlíbrio e controle do corpo com a particularidade de se executarem em diversos aparelhos. Assim sendo, o nível dos ginastas é avaliado por um grupo de juízes consoante os critérios de dificuldade, elementos de grupo, valores de ligação e execução de um Código de Pontuação. O Código de Pontuação (CP) é elaborado pelo Comité Técnico da FIG que é dividido pelo Comité Técnico Feminino (CTF) e pelo Comité Técnico Masculino (CTM) designando os respectivos CP de forma adequada às características físicas de cada género. O CP da FIG é utilizado em todos os eventos de Ginástica a nível internacional tal como no Campeonato da Europa, Campeonato do Mundo e nos Jogos Olímpicos. As Federações Nacionais possuem um código interno adequado ao nível dos ginastas com o objectivo de impulsionar o desenvolvimento inicial da Ginástica Artística a nível nacional.
O CP é actualizado de 4 em 4 anos após cada Ciclo Olímpico. É realizada uma análise muito cuidadosa e profunda devido à tendência do desenvolvimentodos movimentos gímnicos em cada aparelho. Um dos objectivos deste código é a estipulação de normas de funcionamento de todos os intervenientes na competição: ginastas, treinadores e juízes. Mas o principal pressuposto do CP passa por uniformizar as regras de pontuação de forma a permitir um julgamento mais objectivo por parte dos juízes. Outro aspecto do CP passa por orientar os ginastas e treinadores na construção dos exercícios de competição pois este obriga à execução de determinados gestos gímnicos durante as provas. O ajuizamento é realizado por um conjunto de normas através das quais os juízes procuram erros de postura, execução, etc., e avaliam o nível de dificuldade dos determinantes gestos técnicos de forma a diferenciar o vencedor. As normas de classificação dividem-se então em três fses distintas: dificuldade, combinação e execução.
Em cada aparelho o ginasta é avaliado por um grupo de juízes dividido em dois grupos: um grupo que avalia a dificuldade e o outro que avalia a execução dos gestos técnicos.

Dificuldade: este critério, considerado o critério D, avalia os exercícios sob três aspectos: i) por partes de valor; ii) por elementos de grupo; iii) pelo valor de ligação.
i) este parâmetro priveligia os 8 melhores movimentos obrigatórios pelo CP e de valores mais elevados (por exemplo um Layout back possui um valor de dificuldade A de 0,10 valores).


ii) a não obediência de um conjunto de orientações relativas à composição dos exercícios de competição estabelecido pelo CP, tal como o ritmo, a distribuição dos elementos de dificuldade, a variedade, as mudanças de direcção, a postura, implicam a penalização por cada orientação não executada. Em cada aparelho são definidas 5 exigências específicas de composição, sendo penalizadas por 0,50 pontos por cada incumprimento.
iii) como o nome indica este parâmetro está relacionado com a combinação e ligação entre os elementos de dificuldade e que devem ser efectuados sem falhas.

Execução: neste critério o ginasta é avaliado consoante a postura corporal exigida em cada elemento de dificuldade. Cada erro é descontado consoante a gravidade: são consideradas faltas pequenas quando há incorrecções na colocação dos membros, postura dos pés, da cabeça, das mãos, etc.; as faltas médias são todas aquelas que implicam uma diferença importante da técnica correcta; as faltas graves são consideradas cada vez que um atleta cai ou que pede ajuda. Todas estas faltas são penalizadas por 0,10; 0,30 e 1/0,50 respectivamente. Estas penalizações, chamadas de deduções vão subtrair o conjunto de pontos da execução. Das seis notas retira-se a mais alta e a mais baixa de forma a ficar com as quatro notas médias.

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